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Valendo 2 (dois) pontos, responda a seguinte questão:
Elemento subjetivo do tipo. Relação de causalidade material - Teorias:
a) Teoria da Imputação Objetiva;
b) Teoria da Causalidade Adequada ou das Condições Qualificadoras; e
c) Teoria da Equivalência dos Antecedentes Causais ou da "condictio sine qua non". Defina-as e exemplifique.
A relação de causalidade é o vínculo entre a conduta do agente e o resultado, é disciplinado a partir do artigo 13 do Código Penal, tendo aplicação nos crimes materiais, ou seja, somente nos que detém um resultado naturalístico. Quanto às teorias, tem-se o seguinte:
a) A teoria da imputação objetiva de Claus Roxin trata da criação ou aumento de um risco juridicamente relevante e proibido. Assim, para esta teoria, o nexo de causalidade existirá quando o agente cria ou aumenta um risco juridicamente relevante e proibido, e haverá excludente da imputação quando o agente diminui este risco ou no caso do risco ser permitido. Para avaliação do risco, utiliza-se da fórmula de prognose póstuma objetiva. A mesma teoria do ponto de vista de Gunter Jakobs acrescenta ao tipo objetivo um novo elemento, qual seja, a violação do papel do indivíduo na sociedade.
b) A teoria da causalidade adequada de Von Kries, também chamada de teoria individualizadora, trata a causa não só como um antecedente necessário, mas também adequado para produção do resultado. É adotada pelo Código Penal de forma excepcional, pelo artigo 13, parágrafo 1º, que disciplina que “A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou”. É o exemplo do hospital que pega fogo ou da ambulância que sofre um acidente de trânsito ao transportar a vítima.
c) Por fim, a teoria da equivalência dos antecedentes causais, adotado como regra pelo Código Penal, também chamada de teoria da conditio sine qua non, idealizada por Glaser e desenvolvida por Von Buri, conceitua causa como todo fato humano sem o qual o resultado não teria ocorrido quando e como ocorreu. Para esta análise, adotou-se também a eliminação hipotética de Thyrén. Assim, ao retirar a causa, se o resultado não alterar-se, não pode considerá-la causa do evento. Esta teoria sofre críticas por permitir regresso ao infinito, ou seja, a mãe do assassino seria condenada por ser causa do homicídio, ou a fábrica de armas seria responsável por diversos crimes. Assim, para corrigir este erro, exige-se a causalidade psíquica, presença de dolo ou culpa.
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