Questão
OAB - XX Exame de Ordem Unificado - 2016
Org.: OAB - Ordem dos Advogados do Brasil
Disciplina: Direito Penal
Questão N°: 004

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Enunciado Nº 002951

Joana trabalha em uma padaria na cidade de Curitiba. Em um domingo pela manhã, Patrícia, freguesa da padaria, acreditando não estar sendo bem atendida por Joana, após com ela discutir, a chama de “macaca” em razão da cor de sua pele. Inconformados com o ocorrido, outros fregueses acionam policiais que efetuam a prisão em flagrante de Patrícia por crime de racismo (Lei nº 7.716/89 – Lei do Preconceito Racial), apesar de Joana dizer que não queria que fosse tomada qualquer providência em desfavor da pessoa detida. A autoridade policial lavra o flagrante respectivo, independente da vontade da ofendida, asseverando que os crimes da Lei nº 7.716/89 são de ação penal pública incondicionada. O Ministério Público opina pela liberdade de Patrícia porque ainda existiam diligências a serem cumpridas em sede policial. Patrícia, sete meses após o ocorrido, procura seu advogado para obter esclarecimentos, informando que a vítima foi ouvida em sede policial e confirmou o ocorrido, bem como o desinteresse em ver a autora dos fatos responsabilizada criminalmente.


Na condição de advogado de Patrícia, esclareça:


A) Agiu corretamente a autoridade policial ao indiciar Patrícia pela prática do crime de racismo? Justifique.


B) Existe algum argumento defensivo para garantir, de imediato, o arquivamento do inquérito policial? Justifique.

Resposta Nº 007224 por Mai.Delta


A) Não agiu corretamente a autoridade policial ao indiciar Patricia pela prática do crime de racismo, pois a tipificação adequada da conduta está inserida no artigo 140, § 3º do Código Penal, Injúria Qualificada. A autora usou de ofensas racistas para atacar a honra subjetiva da vítima, referindo-se apenas a ela e não a toda uma raça ou grupo de pessoas. 

Dessa forma, pelo fato do crime de Injúria qualificada ser de ação penal pública condicionada a represetação, o inquérito policial não poderia sequer ter iniciado, visto que a ofendida optou por não representar contra a autora.

B) O arquivamento do inquérito policial deve ser garantido em face da sua ilegalidade. Não foi preenchido o requisito de representação da vítima para a instauração do inquérito, sendo esta obrigatória em crimes de ação penal condicionada a representação. O advogado pode impetrar um habeas corpus com vistas ao trancamento imediato do inquérito policial, por ser este flagrantemente ilegal.

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